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O Homem sem Qualidades é um servo do Tempo.
Serve porque não pode deixar de servir, afinal, por razões biológicas, vive.
E não se serve do Tempo, pois apesar de ter ideias e a sua existência formal o impelir naturalmente para ações, estas não existem em complemento direto com as outras.
Dessa forma, as consequências pertencem a uma entidade abstrata algures no reino da causalidade, movimento, ou melhor, conjunto de movimentos, incompreensível para o próprio. Para gáudio da entidade, diga-se, que goza o momento. Se ambos partilham algo, é a amoralidade.
Que um saiba infinitamente mais do que o outro, bom, sempre foi e sempre será assim.
Que, no homem comum, a ausência se confunda com boas intenções, só aumenta a dimensão trágica.
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