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Em 2015 a.d. (a 28 do 06)

por slade, em 28.06.15

Como!?

Por fim o grotesco assombro! Leio, ainda que com alguns dias de atraso (definitivamente, não é por fugir repetidamente do real que nos conseguimos salvar), que uma das propostas de alteração à lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez inclui a obrigatoriedade, por parte da mulher que solicite a IVG, de ver e assinar uma ecografia; isto no regular funcionamento do processo. Como!? E quem o garantirá? E como - sob coacção? Garante-se a assinatura e fecha-se os olhos à obrigação de ver? E de que forma? Fechada numa sala, holofote apontado? Durante quanto tempo? Trinta segundos? Dez minutos? Dez minutos, e com a explicação dos detalhes por parte de um médico solícito? Ou o anterior, mas com as explicações a cargo de um padre, ou então de uma senhora com ar austero, cruxifixo na mão e vestida à professora primária de outros tempos (anos sessenta tugas, claro)?

Alguém enlouqueceu e chegou a deputado. Que pena não podermos, também nós, os restantes, enlouquecer e, por fim, olvidar a condição humana. Desejo antigo - diga-se. Uma anedota, esta espécie que chamou a si mesma sapiens sapiens - A dupla sabedoria… Duplo dedo espetado em duplo rabo-alheio, isso sim!…

E sem deus, não resta ninguém para se para rir da espécie. Triste anedota, como se não bastasse...

Não há problema, rimo-nos uns de nós, de nós próprios.

Vamos a ver e no fim de contas a loucura chegou, sem a delicadeza de se fazer anunciar. Não, não pode ser, há um problema insolúvel: o desejo de loucura é, em si, a sanidade última.

Resta-nos esperar.

Tanto ressentimento só pode significar uma coisa: esta, vá-se lá saber porquê, doeu um pouco mais do que as outras.

Razão tem o Rusty Cohle.

Usar link abaixo...

One last midnight, brothers and sisters opting out of a raw deal!” Tudo, é claro, ao vosso prazer - e não com demasiada responsabilidade. De outro modo não serve para nada.…

Acabou-se o ressentimento – Assim mesmo – Do nada, para nada. “One last midnight!”

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publicado às 15:57



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