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Em resposta à pseudo-proposta de um confinamento específico para a comunidade cigana por parte de um sub-humano, Ricardo Quaresma disse:
"Triste de quem tenta ser alguém na vida atirando os homens uns contra os outros.
Quando um homem se ajoelha na frente de Deus devia olhar para Deus com o mesmo amor com que Deus olha para nós, sem distinção de raça ou cor.
Triste de quem se ajoelha só para ficar bem na fotografia, para enganar os outros e parecer um homem de bem aos olhos do povo.
A seleção nacional de futebol é de todas as cores, pretos, brancos e até ciganos. Em todos bate no coração a vontade de dar a glória ao país e no momento de levantar os braços e celebrar um golo acredito que nenhum português celebre menos porque o jogador é preto, branco ou cigano.
Eu sou cigano. Cigano como todos os outros ciganos e sou português como todos os outros portugueses e não sou nem mais nem menos por isso.
Como homem, cigano e jogador de futebol já participei em várias campanhas de apelo contra o racismo, não porque parece bem mas porque acredito que somos todos iguais e todos merecemos na vida as mesmas oportunidades independentemente do berço em que nascemos.
O populismo racista do André Ventura apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade.
Olhos abertos amigos, o populismo diz sempre que é simples marcar golo mas na verdade marcar um golo exige muita tática e técnica.
Olhos abertos amigos, o racismo apenas serve para criar guerras entre os homens em que apenas quem as provoca é que ganha algo com isso.
Olhos abertos amigos, a nossa vida é demasiado preciosa para ouvirmos vozes de burros...isto se queremos chegar ao céu."
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Pronto, tirava a parte do ajoelhar e olhar a deus, pois a coisa normalmente demora e depois - sobretudo a partir de certa idade - custa imenso levantar e fica-se com dores no pescoço, daquelas que duram o dia inteiro, de tanto olhar para cima.
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Quanto à virgem com orelhas de burro, para o caso: sempre que alguém prevarica colocando os outros em risco, faz-se cumprir a lei (ou, enfim, as regras de saúde pública que aqui fazem de lei), não se legitima uma abordagem que realce a distinção étnica, i.e., não se põe em marcha um ataque institucional à diferença - percebeu?
Joy Division - New Dawn Fades
A perda até às últimas consequências, estranhamente apetecível... Talvez a banda mais perigosa que alguma vez existiu.
Nena - 99 Luftballons
Por esta altura, já vimos e ouvimos sobre todo o tipo de fins do mundo, mas para este haverá sempre um carinho especial. Reza assim (e quem o diz assume-se como germanófilo imaculado - não olhem para mim):
Na Berlim dividida dos anos 80 do século passado, um jovem amante quer impressionar a parceira e envia-lhe 99 balões vermelhos. Só que estes são confundidos com mísseis e originam uma guerra nuclear. Os amantes não se voltam a encontrar. No final, o jovem caminha sobre o mundo em cinzas. Resta um balão, encontrado nas ruínas. Enquanto o lança pelos ares, o jovem pensa no amor perdido.
Lambchop - The Distance From Her to There
Massive Attack - Group Four
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