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CANTO À VIDA (1881)
- Lou Salomé -
Tanto quanto o amigo ama o amigo,
Também eu te amo, vida-mistério
Mesmo que perante ti tenha rejubilado ou chorado,
Mesmo que de ti tenha obtido prazer ou dor.
Amo-te com tuas mágoas,
E mesmo que tenhas de me destruir,
Partirei do teu abraço
Como um amigo acaba por se soltar do peito amigo.
Com toda força me entrego!
Qua as tuas chamas me inflamem,
Deixa-me, inda no fervor da luta,
Buscar mais fundo no teu mistério.
Ser – Ponderar milénios!
Nos teus braços:
Se já não há felicidade que me possas dar
Pois bem: fico com o tormento.
Nina Simone, com e sem sotaque - mesmo que ela tenha perdido, nós não tínhamos nem temos como, seres privilegiados...
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